sexta-feira, 12 de junho de 2015

O MATERIALISMO OCULTA A SUTILEZA DA REALIDADE

Converso com os que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir.
As crianças fazem o que veem seus pais fazerem e falam o que os ouvem falar.
Quando se cresce, muda tudo, o que se vê e a quem se ouve?
A identidade sabe bem. Mas, não vou partilhar sobre isso, não agora.
Curioso foi assistir a uma aula de desenho e perguntar: o que você desenha, onde está? Respostas recorrentes: "Em minha cabeça".
Quantas imagens são guardadas na cabeça, como cabem tantas, e como insistem em serem projetadas pelos olhos. 
Para ver além da aparência, olha-se para o que sai.
Vejo as imagens da mente, poderia ver simultaneamente com essas imagens o que se me apresenta aos olhos no presente?
Imagens da mente parecem ser extemporâneas, pois como saber de que tempo elas são? 
Imagens têm forma de conceitos? 
Confesso que não sei.
Sei que imagens são impactantes, principalmente quando se é criança, e quando são vistas pela primeira vez. 
No entanto, mais impactante ainda é poder enxergar o que já havia sido visto como se fosse uma primeira vez.
Quanto ao ouvir, é uma advertência; o som, assim como com os morcegos, orienta por onde andar. Mas, pensando melhor, morcegos não andam bem, se arrastam quando não estão voando.
Creio que seja isso ...
Ver e ouvir deve ser para voar.