sexta-feira, 17 de abril de 2015

ENTENDER, VER E SENTIR

Príncipe da Paz, como não me comover intimamente?
Eu cri, mas precisei conhecer. Para poder conhecer, pedi por sabedoria, e ela me foi concedida. A sabedoria não vai ao que por desejo de ostentação tenta se apropriar dela, mas vem quando e a quem é concedido vir.
O desejo que conduz à vida, e à benção, é ouvido e atendido. 
Do que podemos deliberar, o desejo é o que grita mais alto, pois é de pronto ouvido.
Desejo retificado é como desejar andar na luz, sem tropeço, nem acidente, porém com surpresas. Mas, as surpresas, todas elas, cooperam para o bem dos que te amam, pois, num crescente: ouviram, creram, entenderam, viram e experimentam. Experimentar é o que está no presente, pois é da ordem das qualidades. 
Quem poderia experimentar por mim, ou eu por alguém?
Será que ouvir é ver com o coração?
Ouvir é ser generoso, pois demanda vigor, e, atenção demanda muita energia.
E quando o conhecer transborda sem se calar?
Paz é o que vem e aquieta.
Amo tua paz, que é uma paz singular, que no mundo não se encontra, nem na falta de confiança pode ser encontrada.
Crer é ver no devir.
Não seria essa a pretensão da ciência, ver o devir?
O que quer controlar não pode ter boas intensões, faz uso de força e tem gosto pela violência;
Venha o que há de vir, pois tanto o começo quanto o fim, tanto o teto quanto o chão, tanto o que é conhecido como o que poderá vir a ser, são por Ele. Os corações dos homens? ... Para Ele.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

VAMOS PENSAR SOBRE EXTREMOS?

Hoje senti vontade de dar 'oi'. Então: Oi!

Esse assunto da conversa tem a ver com a velha antinomia, que, como acontece na moda, muda uma gola, um jeito de costurar o barrado, uma cor mais jovial e se apresenta como um outro, novo, que em essência é o mesmo tecido. Lembrei de pensar: "Não se costura remendo de pano novo em tecido velho". Se faz necessário nascer de novo.
Você já deve ter suspeitado qual das antinomias me refiro, não? ...
Exato!! Os extremos substantivos, Sujeito x objeto.
Um sujeito sem objeto seria hetério, e um objeto sem sujeito, vazio.
Mas, antes disso, depois de ter perguntado ao distinto Sr. Kant, podemos experimentar ou observar os extremos?
Uma alma cheia de perguntas é mesmo bem inquieta e não sossega, mas sua motivação vem de boa ansiedade, àquela que impulsiona pra profundidade, para o íntimo. Esse processo é o do 'faz crescer'.
Então, ao mergulhar, pode-se chegar ao fundo? E ao voar, se chega no teto? O problema se complica quando não existe nem fundo, nem teto.
E eu estava lá antes que as coisas fossem assim como a conhecemos? Talvez pudesse estar, por fazer parte do que compõem o tudo, mesmo que uma parte bem pequena, quase sem peso, desmaterializada, sem sujeito.
O que tenho pedido e desejado é que a ilusão do 'mim mesmo' diminua e a consciência do 'parte do todo' cresça em mim. 
Talvez seja esse o sujeito que não se oponha ao objeto, e se não houver oposição, será que não é ali que o extremo se configura?
Não sei se é possível ser um sujeito sozinho, tudo aponta para o não. Também nem desejo que seja assim, pois o sozinho nem sabe errar, de tão sozinho que é.
Que o erro acuse como um sintoma, de que o sujeito sem objeto não vive per si .
O bem que desejo pra mim, desejo pra ti, que penso também ser parte do todo. 
Assim, pensamos em círculo, voltamos no tempo e fazemos a velha pergunta, que usa roupas rotas: "Ser o não ser, eis a questão".
Posso escolher que tipo de ser ser?