sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A SÓLIDA SIMPLICIDADE

Achava que Simplicidade era algo tão diferente do que sei que é, talvez seja por isso que a resistia, e julgava que a complexidade e sofisticação tinham mais charme, eram mais atraentes, por isso flertava com elas. 
Agora sei que o Simples é sinônimo de Necessário, sem o qual não se pode ser, assim como não é possível que seja diferente. 
O Simples não poderia ser hora de um modo e hora de outro. 
Uau!! O Simples não muda. 
Leibniz, aquele alemão inteligente e famoso que o apresentei outro dia, viu a simplicidade de forma interessante, ao descrever as mônadas como substâncias simples, disse que elas não possuem partes. Não é no mínimo instigante?! O que é inviolável, uno, sem partes, pois é realmente íntegro, e quem não gostaria de integridade? ... Para mim é de arrancar suspiros.
Em outro jeito de dizer, o Simples não tem mistura, ele é necessário e de um único modo. 
Foi assim que descobri que gosto do Simples, depois de descobrir quem ele é. Confesso que já gostava do mínimo, acho elegante, como se diz por aí: "O menos é mais", claro que é mais!! Mais elegante, interessante, íntegro ... 
E de fato, o 'muito' me faz enjoar, provoca vertigens, como estar em meio a uma multidão por muito tempo, que não se consegue mais ver a um só. 
Então, comecei a me sentir cada vez mais atraída pelo simples, e passei a preterir a complexidade e a sofisticação.
Dizia eu pra mim mesma: A Simplicidade sim, é pra se enamorar, algo para além da afeição, pois traz consigo um princípio de economia que não nos deixa carregar fardos por aí. Quanta autonomia ela traz consigo ... Impressionante!
Mas, sei que há muitos que não pensam assim, pois por onde costumo andar, ouço nos corredores: "Fim ao paradigma da simplicidade!" 
Mas, penso ainda comigo: Como fim??? ... Se o cosmos se comporta sempre dessa maneira ... Decretaríamos fim às leis que a natureza nos impõe, seria isso? ... Muito confuso ... 
Pois até onde sei, o princípio de economia está espalhado em toda criação, inclusive no corpo de quem a critica ou na alma que se rebela; não é assim? ... Ou é de outro jeito e eu que não estou a saber? ...
Mas aí, exatamente neste ponto, uma outra questão me cutucou as costas: Como saber o que deve ser tirado para que tudo fique Simples?
Pensei rápido: Como toda mudança que é de verdade tem de partir da estrutura mais íntima; bom ... Seria começar pelos alicerces. 
Aí importa a pergunta: O que tem de ficar para que as paredes se mantenham em pé? 
Amor eu sei que faz parte, pois "sem amor, eu nada seria". Quem ama perdoa, pois ele é perdoador. Falar em amor e em perdão é pleonasmo. Logo, o Perdão também está incluído na simplicidade.
Fidelidade e lealdade fazem parte da estabilidade de sua estrutura. Até mesmo porque, o inverso, a infidelidade e a deslealdade são princípios da ingratidão. 
E sendo assim, a Gratidão também é ingrediente indispensável dos alicerces dessa construção, da construção do simples. 
A argamassa pra manter de pé??? ... Fé e a Esperança compõem essa unidade, pois quem faria um projeto e o executaria sem ter Fé e Esperança? Não seria lógico.
Reparando bem, creio que todos esses elementos estão fundidos dentro do que é o Amor, não qualquer amor, como já pensado antes, mas àquele que criou o mundo.
Faz tanto sentido, que ser Simples parece tão simples, quase como saber Amar. E saber amar é simples?? ... Nunca foi. 
Como não me deixei sozinha, eu mesma respondi: Não disse aprender a amar, mas já quando se sabe.
Uau! Que boa companhia para conversar e fazer pensar ... Essa vou aprender.

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